Cartinha aos analistas de plantão

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É preciso que o analista tenha liberdade com seus pacientes na prática clínica. Nesse sentido, não deve haver imperativos categóricos. Não se trata de uma diretiva. Há diretrizes para o analista, mas com abertura para a ‘invenção’. É claro que existem regras às quais o jovem analista deve obedecer para sua própria segurança. É necessário ser ‘rigoroso’, sem que para isso, seja ‘rígido’, tendo em vista que o rigor permite ‘reflexão’. Porém, na ‘rigidez’, impõem-se padrões que não podem ser pensados e muito menos, questionados. O analista rígido em seu ‘modus operandi’, sempre terá respostas prontas e defensivas para o paciente, configurando uma hierarquia e quase dominação em relação ao mesmo. Isso mostra que o analista não suporta a escuta… São análises obstaculizadas em razão de não haver abertura plena para a fala do analisante.

Seja qual for a experiência do analisante, esta deve ser atravessada pela fala. Não se deve temer a suposta “perversão” do outro. Não se deve educar a pulsão do outro, sob risco de exercer uma função de controle. É preciso fazer com quê o neurótico não tampone o seu desejo. Trata-se de tirar o lençol do fantasma…

Enfim, é preciso frequentar plenamente, o amor e o “gozo” para experimentar o ‘desejo’.

By
@magalipsirj

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