Narciso acha feio o quê não é espelho

Capa Narciso

Eis um dos desafios colocados para a sociedade ‘selfiana’: ‘O Narcisismo’.
Trazendo para a cena o filósofo Deleuze, a pergunta que não quer calar é :

– Haveria possibilidades de “linha de Fuga” a essas altura do campeonato? Ou estaríamos todos alocados em linhas de “segmentaridade dura”, a tal ponto de não possuirmos mobilidade que nos permita transitar de um segmento ao outro?

Para Deleuze e Guatarri, somos feitos de “linhas”. Estas por sua vez, seriam dotadas de natureza diversa, entrelaçando-se de forma imanente. Entretanto, apesar de estarmos submersos em linhas de segmentaridade dura, o filósofo nos faz vislumbrar linhas mais flexíveis, que nos permitem estabelecer linearidades com outras linhas, desde que sejamos capazes de elastecer uma e várias linhas, tal como na arte de corte e costura e patchwork, por exemplo. É nesse contexto, que se apresentam as linhas de fuga como uma questão de sobrevivência no mundo pós-moderno.

Um escape aos ditames que nos acorrentam a um determinado modo de vida. Uma forma de se descolar do senso-comum. Um aparente “desalinho” que promove alinhamento a outras tantas linhas de força e vitalidade. É o que retrata o filme: “Dançando no escuro”, cuja principal personagem, ao entrar em um processo de perda da visão, começa a cometer verdadeiros zigue-zagues na linha de produção da fábrica, na qual trabalhava. Entretanto, o quê para uma sociedade é visto como “andar fora da linha”, para ela descortinou um linha reta.
Portanto, Se alguém te perguntar qual é a sua linha, não perca a linha, desenrole, desfie, desafie!

Enfim, faça diferente!

By
@magalipsirj

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